Segunda-feira, 12 de Outubro de 2009

Coentros e rabanetes

Manuel Fragoso de Almeida

 

 

Bem, vamos lá então deixar Olhão para trás, antes que o Mike desfaleça… ou que alguém vá observar o nosso bilhetinho do estacionamento junto ao cais de embarque para a Ilha da Armona. Não é preciso andarmos com grandes pressas que o nosso jantarzinho não vai ser longe.

 

Voltemos então à estrada, ou melhor à Via do Infante, até porque é melhor aproveitar enquanto não introduzem umas portagens para nos encarecer estas voltas gastronómicas…

 

Vamos na direcção de Faro, mas o nosso destino não é para essas bandas. Temos de satisfazer os que nos pediram para darmos umas dicas algarvias mais dedicadas ao interior, e por isso mais um bocadinho à frente estejam com atenção à direita, saída para Loulé, e sigam sempre em frente até entrar mesmo na cidade.

 

Não ficaremos por aqui, temos de subir sempre e sair realmente para a serra algarvia, em direcção a Querença. Aí sim, depois de percorrermos alguns quilómetros, com cuidado porque a estrada é mesmo da serra, estaremos chegados a Querença. Não sei se chegará a ser uma aldeia, parece mais um lugarzinho no cimo de um monte, mas o largo da igreja não nos deixa enganar.  Para além de alguns motivos campestres e uma lojinha de artesanato logo à entrada, lá estão dois ou três restaurantezinhos do lado esquerdo de quem está virado para a capelinha que fica no centro do pitoresco largo.

 

A minha proposta chama-se Restaurante de Querença, e em termos de morada mantém a mesma falta de imaginação porque, quem diria, fica no Largo da Igreja de Querença. Os petiscos são variados, aliás nada recomendáveis para quem tem de seguida de voltar a fazer uma estrada pela serra algarvia, mas eu destacaria os pratos de caça, e alguns alentejanos, levezinhos…

 

Já agora, como têm de passear por uns momentos a seguir ao repasto e o lugar é bem pequeno, não deixem de degustar um (pelo menos…) dos diversos licores, ou aguardentes das mais diversas especialidades. Não têm de optar sem ver. Para a mesa de jantar vem sempre um cestinho de verga com várias pequenas garrafas fininhas, cada uma delas com seu sabor. É portanto a hora de mandar o condutor passear por uns momentos e provarem dois ou três para apurar a selecção… se ainda for possível, obviamente.

 

Muito cuidado no retorno à Via do Infante, e sigam depois para os lados de Portimão, com calma que o próximo paradeiro fica antes desta cidade.

 

PS – Recomendo um telefonema prévio antes da ida porque não tenho a certeza de a qualidade que aqui apregoo se ter mantido passados alguns anos.

 

publicado por Ana Vidal às 10:00
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7 comentários:
De mike a 12 de Outubro de 2009
eh eh eh eh... salvo pelo gongo, Manecas.
Estava prestes a cair para o lado. Obrigado pela atenção. :)
De Manecas a 12 de Outubro de 2009
Bem, mas atenção aos licores finais...Com a fraqueza a coisa pode mesmo transtornar-se...

1 AB
De Ana Vidal a 12 de Outubro de 2009
Em Querença só conheço a Casa Paixanito, Manecas. Não me digas que este ainda é melhor!
De Anónimo a 13 de Outubro de 2009
Isto de dizer que uma tasquinha ou um restaurante é melhor que outro tem que se lhe diga...

Acho que vai mais pelo relacionamento que se cria com a "casa"...

Beijinhos
De Manecas a 13 de Outubro de 2009
Agora a assinatura do Anónimo
De Luísa a 13 de Outubro de 2009
Pois eu, em Querença, não conheço nada, Manecas, mas vou registando as suas sugestões para uma eventualidade. E não me esquecerei do telefonema prévio, para confirmar a existência. :-)
P.S.: Registo também a Casa Paixanito, Ana, que, nem que seja pelo nome, parece merecer uma visita.


De Manecas a 13 de Outubro de 2009
O próprio lugar é engraçado. Muito pequeno mas simpático...

Bjs

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