Marie Tourvel
O bilionário vai se perguntar: “mas que tanto a Marie fala do Flaubert?”. Falo tanto porque é um dos melhores. Escreveu poucas obras, mas todas de qualidade. Flaubert com seu ar de superioridade misantrópica com que contemplava o mundo nos ensina o que é ter prazer em ler. Todos na rodinha saberão sobre esta obra, talvez poucos saberão descrevê-la com precisão. Portanto, bilionário, não se preocupe. Siga-me e não tenha medo. Resumo:
Jovem ocioso ganha herança. E curte a vida adoidado enquanto olha fascinado o mundinho parisiense à sua volta.
Falar sobre a obra no meio dos intelequituais é relativamente fácil. O nome da personagem principal do livro é Frédéric Moreau. Tem conotação autobiográfica, pode dizer isso nas rodinhas. É uma evocação da juventude de Flaubert. As ilusões se perdem. Frase clichê, porém, limpinha. Diga que se trata de uma magnífica observação satírica da mentalidade da sociedade da abundância em Paris no século XIX, em que se via a exibição de bens e atitudes luxuosas. Mas não esqueça de dizer que é a Paris da revolução de 1848. Ah, Revolução... Os franceses sempre inventando bobagens.
A música só tem o mesmo nome do romance de Flaubert. Com rimas pobres, porém, limpinhas (Educação Sentimental - Kid Abelha - um nome de banda pop como esse a gente pode mudar para QI deAbelha sem alterar o significado do mesmo):