A enorme falta de tempo que tenho tido nos últimos dias, aliada a uma "adivinha" inocente que aqui deixei, acabou por transformar-se num suspense que não estava nas minhas intenções prolongar. Mas fico contente, não o nego, por terem suscitado tanta curiosidade as tais "novidades" anunciadas. Essa curiosidade prova-me que os amigos se interessam por aquilo que se passa aqui, e que são críticos e participativos. Ainda bem, porque uma dessas novidades não teria qualquer expressão sem essa vossa atitude. Já lá iremos.
Não há nada de muito radical a acontecer na Porta do Vento, a não ser uma natural evolução de quase dois anos de posts, raramente interrompidos. Começo a acusar uma irregularidade na postagem que oscila com o meu grau de ocupação noutras actividades e com algum cansaço blogosférico. É natural, dizem-me, acontece a todos. Há quem acabe com o blogue e se afaste por algum tempo, para mais tarde voltar outra vez porque o "bichinho" dos blogues é como o bicho da conta: enrola-se e espera, mas é resistente e não morre facilmente.
Mas acontece que eu não quero acabar com o blogue - é uma coisa que me dá muito prazer ainda, embora a voragem inicial já tenha dado lugar a uma confortável velocidade de cruzeiro - e também não quero que ele vá perdendo o ritmo, lenta e penosamente, a caminho de uma morte anunciada. Por isso, decidi explorar e honrar o conceito que encerra o nome que escolhi para ele: Porta do Vento, uma porta aberta, de fácil passagem. Recuando aos primórdios, vejo que imaginei este espaço como um forum de ideias e de sensibilidades.
1. Assim, levando o conceito à sua máxima expressão, esta porta passará a dar passagem a outros sopradores de brisas e nortadas (serão inteiramente livres de escolher o tema e o tom), sobretudo aos que não tenham um blogue e possam encontrar aqui uma tribuna à sua medida.
O primeiro foi o Pedro Silveira Botelho, que tem andado ausente ultimamente mas retomará os seus Observatórios das quintas-feiras sempre que o queira fazer. Pedro, espero que estejas a ler-me... temos sentido a tua falta! Já chega de preguiça...
A segunda contratação está feita. Tal como o Pedro, é também um amigo de longa data: mais de 30 anos! Chama-se Manuel Fragoso de Almeida, mas todos os amigos o conhecem por Manecas. Passa de comentador a postador com a naturalidade que nos é habitual desde sempre, sem necessidade de mais apresentações além da que ele quiser fazer de si próprio. Vai entrar por esta porta aos sábados, para dizer de sua justiça, recordar velhas e saborosas histórias (especialidade em que é perito) ou até fazer strip-tease, se isso lhe apetecer. A liberdade de expressão é uma coisa que muito prezo... e com o Manecas o bom senso e o bom gosto estão sempre garantidos. Como é um homem de método e habituado a organizações de responsabilidade, os seus posts dividir-se-ão por temas, alternados ou em blocos. A gestão dessa ordem é dele e não minha. Eu limitei-me a escolher-lhe uma imagem para cada tema, para facilitar a identificação a quem aqui entra. Quero dar-lhe, desde já, as boas-vindas a esta casa, que passa a ser também a sua enquanto se sentir bem por cá. Ainda hoje sairá o primeiro post, do tema "Claves de Sempre".
Outros convidados chegarão em breve. Estejam atentos...
2. A segunda novidade que quero anunciar é uma ideia que ando há algum tempo a germinar: convidar todos os amigos e amigas (bloggers ou não) a participar no Porta do Vento com um texto, à sua inteira escolha em tema e forma (prosa ou poesia). Única regra: o texto tem de conter, obrigatoriamente, as palavras "Porta" e "Vento", não necessariamente juntas. É um desafio à vossa criatividade e uma forma de intercâmbio bloguístico que vai enriquecer e dinamizar este blogue. Todos os textos serão publicados, devidamente identificados com o nome (ou o nick habitual) dos seus autores. A partir de hoje vou estar atenta à caixa do correio (o envio deverá ser feito para o mail que está lá em cima, do lado direito). Todos podem participar, e, quantos mais forem, mais divertido será o resultado. Toca a escrever.
E pronto,